
Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
E inda guardo, renitente
Um velho cravo para mim
Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente
Nalgum canto do jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Canta a primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente
Algum cheirinho de alecrim
4 comentários:
Força aí sindicalista... o pobo está contigo, e a da tia tambem...
Enapá cuncatano, agora até um sindicalista temos!
Coidado Girafo e Pulseira Man, não paguem a horas não....
25-4
Bem vistas as coisas faz anos que:
Deixamos de ser um império para ser um pequeno pais, ao invés de evoluir socialmente, promovemos as lutas de classes, ao invés de industrializar-mos expulsamos os nossos empresários e arruinamos o nosso tecido industrial, ao invés de como os nossos vizinhos modernizarmos a nossa agricultura, avançamos para a reforma agrária que foi o inicio do seu fim.
Ó sindicalista esta é uma data de má memoria.
Um império que utilizava a tortura, a censura, perseguição política e ideológica, que cultivava o analfabetismo, a mentalidade tacanha e mesquinha que transformou a inveja no desporto favorito deste país para que os seus mentores se eternizassem no poder. Como disse Marques Mendes esta semana, é preciso coragem um partido por o seu poder nas mãos dos eleitores. Nada mais errado, o poder é e será sempre dos cidadãos, nunca de partidos ou de que se julgue a sua figura tutelar.
No fundo um império que só existia na cabeça de alguns que ainda pensavam viver no século XIX.
Como disse Pessoa, a minha pátria é a língua portuguesa, eu peço-lhe desculpa e, abusivamente, tranformo em, o meu império é a língua e a história portuguesa. História de que muito me orgulho, como a expansãoo marítima, e termos sido pioneiros na abolição da pena de morte e da escravatura. Pena que tenhamos sido dos últimos a perceber que os impérios já há muito tinham morriido.
As lutas de classe sempre existiram, ao longo da história, e infelizmente ainda existem, e já existiram de forma mais ténue que actualmente, pois temos a ditadura do capitalismo selvagem em que os novos senhores feudais, a nobreza são os senhores do capital, aqueles que nada produzem, e o povo continuia a produzir para alguns, cada vez com menos direitos, cada vez com mais deveres e cada vez com menos proveitos.Se mais iferenças não houvessem entre os dois regimes, havia uma, fundamental, hoje podemos falar abertamente em luta de classes, antes (e só para aqueles "priveligiados" que tinham acesso à cultura, porque esta não era para todos) quem falásse nisso no mínimo passava uma noite na Antero de Quental ou na António Maria Cardoso.
as grandes conquistas democráticas, no que respeita às estruturas socioeconómicas (nomeadamente, as nacionalizações e a reforma agrária) não só correspondiam à criação de uma nova base de desenvolvimento, como à necessidade de medidas de defesa da economia e das liberdades alcançadas.Mais do que história encarcerada nos círculos de especialistas, a abordagem das nacionalizações e do controlo operário no processo revolucionário português continua a fazer-se no quadro de um intenso combate político, tal como quase sempre sucede quando se fala do 25 de Abril de 1974 e das outras conquistas que ele trouxe ou para que abriu portas. Para a direita, há que limpar das memórias a derrota que sofreu com a revolução e prosseguir a recuperação, sempre inacabada, pois o que interessa é o lucro, sempre mais lucro e sempre mais privado. Para a esquerda, preservar a memória e a verdade é uma afirmação de que as respostas que a revolução encontrou para derrotar os seus inimigos foram correctas na altura e de que os caminhos de Abril precisam ser retomados, para bem do País e da esmagadora maioria dos portugueses.
O tecido produtivo português estava na mão de sete famílias portuguesas, todas elas com ligações estreitíssimas ao regime de então, ou seja portugal produzia para que sete enriquecessem e o regime desbaratasse o dinheiro na guerra colonial, para onde mandava milhares de jovens enfrentar a morte.
Eram chamados os sete magníficos, eu prefiro chamar-lhes os sete anões...
Quanto aos nossos vizinhos a diferença foi que o regime franquista se apercebeu que o futuro era a democracia e por aí abriu o caminho. nós tivemos que o desbravar à força, perdemos energia e tempo.
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