
A fórmula de “Raiders of the Lost Ark” reside numa acção trepidante com pausas estratégicas. Há um enorme misticismo na procura dos tesouros que tanto são sagrados como valiosos, tanto têm um valor espiritual e religioso como representam fortunas fabulosas – tanto parecem pertencer a um outro mundo como ao nosso. Como se constata num balanço generalizado da história, a moral vem provar que a ambição desmedida é destruidora. A narrativa decorre em vários pontos geográficos da região de Coimbra, numa época em que Bin Laden e os seus seguidores constituíam uma terrível ameaça para a Humanidade.
Há aqui a clássica parceria do herói e dos seus companheiros - o incansável Peter Oldie, o sempre bem-disposto George Estropício e o seu braço direito Vidal Fitas - mediante uma trama onde são perseguidos por fregueses, mordomos de festa, stands, copos 0,20 e maldições de meter medo. Parece haver neste tipo de intrigas com um teor místico (sobrenatural) e simultaneamente político.
A sequência inicial de “Os Salteadores da Arca Perdida” tem cerca de meia dúzia de minutos e funciona como uma antecipação do que virá depois. Digamos que define com que linhas se cozem as intrigas daquele universo trepidante. Para inferirmos facilmente que tipo de emoções poderemos esperar posteriormente e também de que heroicidade (às vezes batoteira) vive o Dr. Beli Jones.
Depois, encontramos um pacato Dr. Jones no remanso do seu gabinete numa pacata rotina. Até tudo se precipitar de novo numa acção vertiginosa e frenética. Então os acontecimentos precipitam-se em catadupa e numa movimentação que se poderia tornar cansativa.
Um filme ligeiro mas sabiamente dirigido como “Salteadores da Arca Perdida” merece o seu local de destaque na História do Cinema. Trata-se de um produto industrial brilhantemente executado por artificies de grande talento. De resto, o filme nada tem a oferecer senão um entretenimento simpático, um divertimento que se vê (e revê) com agrado porque nada tem a ver com a nossa realidade e é exactamente isso que às vezes buscamos numa sala de cinema – uma diversão ou uma fuga aos dramas do nosso mundo.
3 comentários:
Dizes bem político, pois para a convenção dos larajadas não faltaram copos 0,20.
Eu gosto muito desta saga, mas o que eu gosto mais é o: Beli Jones e o Tempo Perdido
Perdão o filme afinal chama-se: Beli Jones e o Templo Perdido
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