terça-feira, 9 de setembro de 2008

Manuel Maria Barbosa du Bocage


Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste da facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno.
Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mãos por taça escura
De zelos infernais letal veneno:
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades:
Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades
Num dia em que se achou mais pachorrento.

3 comentários:

Anónimo disse...

Ó SERHOUR PRÁ,SUMANA TEMOS QUE INTERBIR

Anónimo disse...

Coidado porque podeis apanhar nubueiro.

Anónimo disse...

56:1 diz:

"Viva o Bocage e a veneranda língua" :D
Contudo, fiquem estas palavras para quem faça delas o melhor proveito!

A pequenez de espírito faz a obstinação, e não se acredita facilmente naquilo que está para além do que se vê.
Denomina-se perseverança quando lutamos por uma boa causa, um nobre ideal; obstinação quando é por uma causa ruim, que destrói!
Mas força para os teimosos deste mundo! Embora percam todos os bens, conservem sempre imaculada a honra, o orgulho, a esperteza ou lá o que isso significa. Mas coidado com este caminho, nem todos os caminhos são para todos os caminhantes!!

Parabens pelo blog
Continuação do bom trabalho e da boa disposição. Quando encontrardes um homem cansado demais pelo trabalho para vos dar um sorriso, dai-lhe o vosso.

:D