segunda-feira, 10 de abril de 2006

Jorge Sousa, Vingada, JES e outras verdades...

Aquilo que no início parecia deixar antever uma tarde tranquila para a Briosa no ECC e mesmo uma vitória folgada que iria catapultar a equipa para a manutenção, tornou-se já na segunda parte, um verdadeiro pesadelo para os de Coimbra.
Efectivamente, após ter conseguido uma vantagem de dois golos, a equipa escolar decidiu reeditar o jogo da Amadora, parecendo abdicar de uma contenda que se anunciava vitoriosa.

Depois de dois golos fantásticos de Joeano - sempre ele - a Briosa retraiu-se, fez faltas atrás de faltas, foi no engodo da posse de bola navalista, entregando a iniciativa aos figueirenses e permitiu que ainda antes do intervalo estes reduzissem no marcador.

De facto, adquirida a vantagem, a Briosa pareceu passar a jogar ao ritmo do seu treinador: lenta, apática, abúlica e à espera não se sabe de quê...

A expulsão de Piloto já na segunda metade, depois de um primeiro amarelo claramente mal mostrado pelo árbitro, mas de um segundo, esse sim, justo, acabou por fazer o resto.

Como equipa a Briosa deixou pura e simplesmente de existir e as substituições efectuadas por Vingada só serviram para a retrair ainda mais.

A Naval acelerou e - com justiça refira-se - acabou por empatar o jogo, ante uma Briosa sem personalidade, um conjunto de jogadores a que dificilmente pode chamar-se equipa e que pareceram, juntamente com os seus técnicos, nem sequer ter consciência da importância fulcral daquilo que estava em jogo.

Com o resultado em 2-2, o tempo corria e pedia-se já o final da partida, porque a Briosa não dava sinais de poder vencer e, ao invés, era a Naval quem procurava a vitória.

Foi então que entrou em jogo o seu grande protagonista, o árbitro Jorge Sousa.

Um árbitro que já desde a primeira metade vinha realizando um trabalho de fraquíssima qualidade, marcando faltas sempre ao contrário, vendo pontapés de canto onde não existiram, sempre, sempre em benefício dos forasteiros.

O cartão vermelho mostrado a Andrade a dez minutos do fim mostrou claramente ao que vinha este árbitro do Porto. Imediatamente antes do lance que o originou, ocorrera uma falta violenta de um navalista que o árbitro mandara seguir, não dando ao atleta da Briosa outra alternativa que não fosse travar ilegalmente o adversário que, entretanto, se preparava para se isolar.

Com os ânimos já bastante exaltados e a chamada de atenção do seu fiscal de linha que acompanhava o ataque de negro - o tal que na primeira parte confundira cantos com pontapés de baliza a favor dos da Figueira - Jorge Sousa decidiu-se então pela postura teatral.

Sem que ninguém haja percebido porquê, expulsou Joeano com vermelho directo e ateou definitivamente um incêndio no ECC que alastrou, e de que maneira, com a expulsão inusitada que Nelo Vingada.

Nelo Vingada que desta feita acabou por fazer o que há muito lhe vimos pedindo.
Irritou-se, esbracejou, protestou com veemência...

Já era tarde e a Briosa perdia mais dois pontos.

E como conclusão fica a história resumida do jogo: embora a arbitragem de Jorge Sousa tenha sido verdadeiramente escandalosa, a roçar a verdadeira ladroagem, a verdade também é que, mais uma vez, os de negro não souberam segurar uma vantagem de dois golos, ante um adversário que lhes é claramente inferior.

Nas bancadas e antes da natural exaltação eram já essas as questões que se formulavam: o que fazem jogadores como Hugo Alcântara, Luciano e Fernando nesta equipa da Académica?

Que projecto? Que investimento? Que ideia para o futuro significaram as suas contratações?

Que fazem jogadores como Gélson e Serjão, ou que por cá fizeram Lira e Zada?

Posto isto, a dura realidade: Com trinta jornadas cumpridas a Briosa encontra-se abaixo da linha d'agua... Para Vila do Conde, não terá Vingada no banco, nem Joeano em campo (como Piloto e Andrade), perdendo a sua grande referência goleadora.

Até ao fim, visita Vila do Conde e o Restelo, jogando contra adversários directos em casa de destes.

Em Coimbra recebe Braga e Marítimo e oxalá estes já não percisem dos pontos, porque, a avaliar pelo jogo de hoje, se assim não for, as coisas serão difíceis...

Enfim, sofrer a bom sofrer, apesar da Direcção de José Eduardo Simões nos ter prometido a tranquilidade ou algo mais... de nos ter dito que este ano é que era, de nos ter feito crer que até a UEFA era possível...

Tristes, muito tristes, é com o estarão todos os académicos!

Felizmente existe uma desculpa: Jorge Sousa e a sua vergonhosa arbitragem...

Mas enfim, apesar disso, não foi Jorge Sousa que permitiu a reviravolta na Amadora, nem foi Jorge Sousa que dominou, pela Naval, a partida de hoje à tarde, mesmo quando os jogadores eram onze de cada lado e quando a Briosa já vencia - tranquila e afortunadamente por 2-0.

E agora, perguntarão:
Agora? É preciso ter fé, mesmo quando se não seja crente.

É preciso apoiar, mesmo se já não se acredita...

É preciso unir, mesmo quando é fácil apontar os responsáveis por este estado de coisas.

Agora é, em suma, preciso ser-se da Académica, com todas as (poucas) forças que nos restam.
Em Vila do Conde lá estaremos!

Força Briosa!

Viva a Académica!

1 comentário:

Anónimo disse...

VINGA-TE COM FORÇA...