sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Sagres Surf Festival

5 comentários:

Anónimo disse...

A Sagres é a mais tradicional das cervejas portuguesas, nascida em 1940. Exactamente: durante a Exposição do Mundo Português e as comemorações do Império. Daí que, doravante, a sua história esteja, também, ligada à história do design de bebidas em Portugal e, na verdade, à história da própria cerveja entre nós. Durante anos criou-se a ideia, sem dúvida desmesurada e estranha, de que se tratava de uma cerveja pesada. Erro. A Sagres foi, quase sempre, uma cerveja bem feita, bem preparada e, enfim, razoável. Os seus apreciadores detectavam nela uma simplicidade atraente e natural que os bebedores mais jovens não conseguiram compreender. Cometeram-se algumas maldades contra a Sagres. De alguma maneira, a cerveja evoluiu e abriu mais o paladar e a sua cor. Na boca reconhece-se a suavidade do malte, um tom seco, e a presença do lúpulo. Tem algum corpo, reflexos dourados, e um tom amargo que se solta do último suspiro do bebedor; a espuma é muito aberta, o que é uma pena porque muitas vezes se perde – mas o bom apreciador sabe como obter uma espuma correcta e suculenta. Sedosa, textura bastante aceitável, nada que lembre uma cerveja aguada e sensaborona, própria para almas desinteressantes.


MARCA: Sagres
Origem: Portugal
Álcool: 5,1%
Avaliação: ***

Anónimo disse...

Nas cervejas, como em muitas outras coisas da nossa vida, há obsessões e hábitos adquiridos com a prática. A Super Bock é um dos selos da identidade do malte & lúpulo português – e, convém esclarecer, não tem nada a ver com a designação bock, que diz respeito a uma cerveja de sabor intenso, de teor alcoólico mais elevado (chega aos 16 e, no caso das Dopplebock, aos 18%), ligeiramente mais doce, originária de Einbeck (Baixa Saxónia) e que depois adquiriu diferentes significados – todos eles relacionados com a “qualidade do fabrico”. Durante muitos anos, o principal argumento do bebedor de cerveja em favor da Super Bock tinha a ver com a sua leveza de carácter. Era um ponto a seu favor, admito: transparência mais admirável no copo, uma espuma aceitável (ainda que sem muita densidade) que protegia o borbulhar, cor mais apetitosa em meses de canícula. Na verdade, era a lager portuguesa mais fácil de beber. Essa característica não se alterou muito: a Super Bock mantém um tom de frescura, ligeiramente afrutado e que tem vindo a melhorar. Na boca, começa por ter um vigor intenso que depois passa a amargo. Os seus apreciadores detectam esse final muito equilibrado que não lhe retira peso como uma cerveja que cumpre a sua função – dessedentar, refrescar, ser uma pale lager de referência, seca de paladar e limpa quando vista diante da luz. Há cervejas que têm apenas essa característica e não vem daí mal ao mundo.


MARCA: Super Bock
Origem: Portugal
Álcool: 5,6%
Avaliação: ***

Anónimo disse...

A cerveja brasileira tem os seus admiradores pelo mundo fora – e os portugueses aceitam, de bom grado e com santa ingenuidade, que se trata, em geral, de uma cerveja superlativa. Na verdade, há casos. Mas convém relembrar que uma cerveja é o modo como ela é construída e a circunstância em que é bebida. Portanto, num cenário idílico em que as poeiras dos trópicos transformam o nosso carácter e nos conferem uma certa dose de perturbação dos sentidos, até uma Antárctica pode parecer uma boa cerveja. Mas não é. Ora, ao contrário do que se pensa, é cada vez mais difícil fabricar más cervejas. Depois de passar dois anos a escrever sobre o assunto, semanalmente, raramente encontrei más cervejas – em todo o mundo. A Sagres, que lançou uma razoável cerveja ruiva há um ano (seguida pela Super Bock, que lançou a Abadia), acaba de disparar para o mercado com a Sagres Chopp, tentando vender a imagem de uma «cerveja brasileira», leve e suave. Não conseguiu. Não tem espessura de «chopp» (que só se obtém verdadeiramente, em todo o seu esplendor, em barril), não tem a sua gloriosa espuma, não tem o seu sabor de coração frio. O rótulo é feio e desagradável, de design cavernícola – e a “carica” nem a marca leva impressa. Aroma, quase nenhum; sabor, amargo demais mas sem personalidade. Experimentei seis garrafas em copos diferentes e foi sempre desilusão. Não tem sabor, não é – ao contrário do que a sua publicidade afirma – leve e possui uma densidade que até na cor se manifesta. Um falhanço.

MARCA: Sagres Chopp
Origem: Portugal
Álcool: 5%
Avaliação: *

Anónimo disse...

Para ganhares um barco com a cerveja Sagres, basta preencheres um cupão que se encontra disponível nas grandes superfícies comerciais, comprar 2 packs da gama Sagres ou uma caixa promocional Sagres, anexar o talão comprovativo da compra, responder à pergunta do cupão e... esperar ganhar!
Eles têm 5 barquitos a motor para oferecer!
Isto é que é uma promoção boa onda!
Beijinhos sortudos para vocês!

Anónimo disse...

Depois da célebre e conhecida campanha da Sagres Chopp, com a jeitosa da Ivete a dar a cara e não só (estou a referir-me à voz), ficou o slogan que aliás já foi discutido previamente no blog do meu amigo Dani: "leve na boa". Agora foi a vez da Super Bock ripostar da forma mais agressiva possível. Para combater uma cerveja de merda, nada melhor que outra cerveja de merda... eis senão quando, surge a Super Bock Cool. Uma bebida igual à original Super Bock mas com menos quantidade ou concentração de todos os ingredientes que lhe dão sabor. O tipo de bebida tradicionalmente apelidada de "mijoca". Como a cerveja em si não merece grande atenção, tiveram de inventar algo mais. Assim foi acrescentado um mecanismo de abertura fácil que faz com que a garrafa pareça uma espécie de granada, com uma anilha que abre imediatamente a carica. Isto ainda por cima tira toda a virilidade do típico macho que abre a "jola" com os seus próprios dentes, com o isqueiro ou até com a fivela do cinto, tal qual o McGyver no seu melhor nível. A única coisa que está mais ou menos é a imagem publicitária associada a esta campanha, que é constituída por um daqueles "rabinhos photoshop" que não enganam ninguém, mas ficam sempre bem. O problema é que ficou a faltar um slogan forte como o da Sagres! Mas nada de pânico, eu estou disposto a dar uma mostra da minha criatividade e fornecer um slogan completamente à "borlix", que deita abaixo qualquer campanha da Sagres: depois do "leve na boa", e tendo em conta o produto (ver imagem) nada melhor que o "leve na anilha"!!!